Se
há uma coisa que me incomoda é a imprecisão na conceituação de um parâmetro ou
uma definição mal feita.
Quem
acompanha os meus escritos desde a saudosa Revista Antenna lá pelos idos de
1978 quando inicie como “escritor” e, mais tarde no Jornal Ícone, já deve ter percebido esta minha obsessão.
Não
tenho dúvidas que fui influenciado por alguns de meus grandes mestres lá na
Escola Técnica de Ciências Eletrônicas do Ibratel, dentre eles, meus principais
gurus foram Paulo Mendes, Paulo Batista e o Prof. França.
Mais
tarde, a formação em matemática também teve papel decisivo nessa preocupação em
expressar as coisas corretamente.
Somado
a tudo isso, vem a idade. Com o tempo o ouvido fica mais intolerante para escutar
bobagens.
Uma
das maneiras usuais de se especificar a potência de um amplificador ou
transmissor é em watts RMS e como veremos
ao longo deste post esta “unidade” de
medida não existe e portanto, é um erro conceitual.
Como
se não bastasse os tais watts RMS, no áudio, em particular, é comum usar-se
também uma “unidade” conhecida como PMPO que na verdade não significa nada e sobre
o qual nos pronunciaremos mais adiante.
Em
física define-se potência como a variação de energia em um intervalo de tempo. Mas,
como usar esta definição para expressarmos a potência de um amplificador de
áudio, por exemplo?
E
de onde vem esta bobagem: - watt RMS?
Em
eletricidade podemos calcular a potência multiplicando-se a tensão aplicada a
uma carga pela corrente produzida nesta carga. Esta potência será expressa em
...
Bem,
aí depende se a tensão é contínua ou alternada e se a carga é puramente resistiva
ou indutiva, pois podemos ter watt, volt-ampère (VA) ou volt-ampère reativo
(VAR).
Tá
complicado? Leia nossos posts anteriores dedicados aos técnicos
de informática. Certamente lhe ajudarão.