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domingo, 16 de dezembro de 2012

Reciclando Idéias ou Como verificar transistores SMD sem destruí-los.



Depois que o homo sapiens (será sapiens mesmo?) extraiu quase tudo que podia da Natureza para fabricar coisas “úteis” que mais tarde ele descobre que não eram tão úteis assim e viram lixo, ele “sabiamente” entrou na Era da Reciclagem numa tentativa, tardia, de salvar a mãe Natureza e a si próprio.
Assim, embarcando nesta “onda ecológica” pensei que talvez fosse interessante também reciclar idéias, e é com este espírito que apresento o último post de 2012.
Trata-se de um procedimento que considero bastante útil e que eu mesmo, confesso, às vezes, esqueço de usar: - testar transistores no circuito.
Todos nós da confraria dos reparadores inveterados nos acostumamos a testar estas criaturas (os transistores) com o multímetro, seja o velho analógico ou moderno digital, pelo método estático de verificar apenas o estado das junções.

domingo, 9 de dezembro de 2012

Philco PCM 2145 ou chassis CPH-05 - Relembrando os velhos tempos (argh!)




E eu que pensava não precisaria mais mexer nestas traquitanas, de repente me vejo envolvido com um velho (bota velho nisso) PCM-2146 da Philco. São aquelas coisas que aparecem na vida da gente e não se pode dizer não e assim, com muita má vontade, lá fui eu abrir a caixa de encrenca.
 
O aparelho já tinha sinais de “estupro” explícito, mas parecia ser coisa do passado e não a causa atual reclamada pelo do: - parou de repente!

Sintoma clássico: led piscando e o bichinho sem imagem. Não gosto de dizer “não liga”, pois se “não ligasse” o led não piscaria, não é mesmo?
Se o led estava piscando era sinal que o micro estava sendo alimentado com seus, indispensáveis, 5 V. 

Por desencargo, fui conferir a tensão e para não ter que remexer no baú à cata do esquema fui direto ao pino 8 da EEPROM que é por onde entra o tal 5 V que também alimenta o micro.

A medição deu 4,9 V indicava que estava OK.

Com este resultado uma certeza eu já tinha, a fonte não estava morta, embora o + B e os 20 V estivessem bem baixos.

Lembro-me vagamente que este chassi tem uma necessidade de que os 20 V existam para tudo funcionar (não me lembro mais exatamente para que) e ele estava com cerca de 8 V apenas.

Não teve jeito tive que procurar o esquema. Ainda bem que inventaram a Internet e o Google. Pronto, em 5 minutinhos já tinha o esquema nas mãos onde pude ver que havia o C915 na linha dos 20 V. Quem sabe ele não estaria “cansado” da vida. Saquei-o da PCI e o capacímetro mediu cerca de 200 uF para um capacitor cujo valor nominal era de 1000 uF. 

Ops! Fiquei animado.  Troquei-o na esperança de me ver livre da encrenca, mas alegria de pobre dura pouco. Não era ele, ou melhor, não era só ele o culpado.
Entretanto, valeu a pena trocá-lo, porque agora tínhamos uma coisa nova: - fumacinha. Ótimo, agora está ficando emocionante.

Ao ligar o televisor, na série, é claro a lâmpada começou a piscar e apareceu uma fumaçinha num resistor próximo ao fly back. 
 
Desliguei tudo e fui conferir que resistor era aquele. Na PCI pude ver pela serigrafia que era o R715 e seu valor 4,7Ω, ou seja, um fusistor que deveria estar em série com algum diodo para fazer a retificação de alguma tensão oriunda do fly back. Este diodo era o D701.

Medindo o D701,  na placa, indicou que estava em curto. Mais uma vez, alarme falso. Retirado da PCI e medido ele estava ok. 

Este diodo é responsável pelos 180 V que vai para dois lugares: PCI do tubo para alimentar os transistores dos drivers dos cátodos e o Zener de 33V do tuner.  Cheguei a pensar, por um momento, que este Zener poderia estar em curto, mas quando vi que havia um resistor de 33 kΩ no caminho desisti desta idéia.

Resolvi remover a PCI do tubo e .... adivinhe, o curto sumiu.

Averiguando um pouquinho mais constatei que dois dos três cátodos do tubo estavam em curto com o filamento.

Se você olhar bem no esquema verá que o enrolamento do flyback que faz a tensão de filamento é o mesmo que faz os 180V o que explica o aparecimento do curto no diodo quando a PCI do tubo estava no seu devido lugar.

Para tristeza do dono do TV o dito cujo estava condenado, mas eu fiquei contente porque, convenhamos, é defeito “bonito” não é mesmo?

Por hoje é só e até sempre.






quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Bota água no feijão que eu tô voltando




Dia desses fui bisbilhotar meu blog e foi aí que percebi que minha última postagem ocorreu em dezembro de 2010. Cruzes! Dois anos fora do ar.

Então, depois de um “longo e tenebroso inverno”, como se dizia antigamente, 2013 vai ser diferente. Vou botar a preguiça de lado e arregaçar as mangas.
Neste post quero apenas relatar o que andei fazendo nestes últimos dois anos e anunciar meus planos para o futuro.

Como muitos dos meus seguidores já sabem, eu não atuo mais intensamente na área de manutenção de equipamentos de consumo, por isso e como consequência fui ficando desatualizado e sem assunto para escrever.

Continuo trabalhando como técnico (também), mas numa instituição pública e não vivo mais o dia-a-dia de uma oficina com aparelhos novos chegando a cada momento. 

Minha outra atividade paralela atualmente é como professor de física para turmas de jovens e adultos no ensino público.

Em 2010 comecei a me preparar para aposentaria que ocorrerá em janeiro de 2015 e, como não assisto novelas nem jogo damas, resolvi resgatar um projeto antigo: pintura a óleo em tela.

É isso mesmo, estou virando artista (no bom sentido). Quem quiser pode ver (e comprar) algumas das minhas “obras de arte” em: www.flicker.com/paulobrites.

Outra coisa que eu sempre tive vontade de fazer era reparar rádios antigos valvulados.

Pois bem, comentando o fato com um amigo ele me presenteou com um Philips 291A. Pegou pesado, mas afinal amigo é para essas coisas (aceito outras doações do gênero rsrsrs).

Para quem não sabe, o 291A é uma raridade de 1938 que pesa 26 kg.

Chegou às minhas mãos naquele estado. Ainda bem, vou ter divertimento para pelo menos um ano.

Achei parte do manual lá com o meu amigo Jone da Esquemateca Vitória, mas estava incompleto.

Tanto futuquei na Internet que encontrei um colecionador na Cidade do Cabo, África do Sul que me mandou o PDF completíssimo na base do 0800. Já havia contato outro aqui no Brasil, mas ele nem me respondeu certamente com medo da concorrência. Coisa de brasileiro mesmo.

Bem, certamente nada disso tem muito a ver com os meus seguidores e seja lá quem for que se depare com este blá-blá-blá,  menos que também esteja se preparando para aposentadoria, não saiba jogas damas e esteja procurando ideias.

Por outro lado como não me sinto mais em condições de discorrer sobre aparelhos eletrônicos modernos e não consigo largar o “vício” das aulas vou escrever sobre assuntos básicos de eletricidade e eletrônica que poderão ser úteis não só como reciclagem para os técnicos de bancada bem como para quem estiver fazendo curso técnico ou se preparando para concursos na área de eletrônica.

Brevemente minha página pessoal na Internet estará ativada e lá colocarei as vídeo aulas que pretendo preparar e assuntos que sejam sugeridos pelos leitores e seguidores e que estejam a meu alcance falar sobre eles.

Ando também revirando o meu baú para reescrever algumas coisas antigas que continuam atuais.

Esses os planos e como disse 2013 vai ser diferente.

Para que meus seguidores não fiquem tristes estou preparando um post sobre um defeitoinho bacana num Philco CPH-05 que fui “intimado” a consertar dia desses.

Aguardem. Este ano ainda, prometo.
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